Lobão Filho oferece vice ao PDT e diz que partido “foi humilhado” por Dino
Candidato do PMDB a governador pretende ter em sua aliança todos os partidos que compõem a base do governo para fortalecer campanha de Dilma.
Gilberto Léda
Da editoria de Política
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Foto: Biaman Prado
O senador Edison Lobão Filho, pré-candidato a governador pelo PMDB, declarou ontem, durante encontro com pequenos partidos, em São Luís, que tem mantido negociações com o PDT para ter o partido como companheiro de chapa na eleição deste ano.
Segundo ele, o objetivo é oferecer aos pedetistas a vaga de candidato a vice-governador - "o que foi negado" pelo PCdoB, ao romper acordo para ceder o posto ao PSDB - uma vez que o PT Nacional decidiu vetar a indicação de José Antônio Heluy em prol da disputa pelo cargo de senador.
Para Lobão Filho, "o PDT foi humilhado" quando o pré-candidato comunista, Flávio Dino, ignorou a escolha do empresário pedetista Márcio Honaiser para entregar a vaga na chapa majoritária aos tucanos, que apresentaram o deputado federal Carlos Brandão como opção.
"Estamos negociando no sentido de trazer o PDT para que possa ocupar o que foi negado a eles na outra chapa. O PDT foi humilhado pelo candidato comunista no momento em que ele simplesmente ignorou todos os compromissos que haviam sido feitos escolhendo o candidato do PSDB para ser o vice", disse.
O senador acredita que oferecer a vaga aos pedetistas seria uma forma de "compensar" a legenda pela traição - desde 2012, quando participou do projeto que culminou com a eleição do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), o PDT tinha garantida a presença na majoritária, com o candidato a vice.
"Eu quero oportunizar uma forma de compensação, dentro de um grupo que está previsto que ganhará a eleição, a possibilidade de o PDT integrar a chapa com a vaga de candidato a vice-governador", completou.
Liderança - Na avaliação de Lobão Filho, o fato de o PDT fazer parte da base aliada ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) - o secretário-geral da legenda, deputado federal Weverton Rocha, deve assumir a vice-liderança do governo - e de o PCdoB estar aliado no Maranhão ao PSDB e ao PSB, que têm Aécio Neves e Eduardo Campos, respectivamente, como adversários da petista na disputa presidencial, pode facilitar uma composição.
"A vinda do PDT, além de corrigir a injustiça que o partido sofreu, irá se coadunar com o plano nacional, afinal estamos todos do mesmo lado, apoiando a reeleição da presidente Dilma Rousseff [PT]. Além disso, o deputado federal Weverton Rocha será o novo vice-líder do governo na Câmara Federal e a chapa do comunista é contra a continuidade do governo Dilma", afirmou.
Apesar de trabalhar pela vinda do partido, no entanto, o pré-candidato do PMDB diz que não considerará uma perda se não lograr êxito. "O PDT nunca esteve conosco, senão vier não perdemos nada, mas estamos trabalhando para que venha e nos ajude nessa caminhada aqui no Maranhão e no Brasil", finalizou.
Partidos destacam valorização
Reunidos com o senador Edison Lobão Filho para um café da manhã em São Luís, representantes de 10 partidos da base aliada destacaram a valorização que o candidato vem proporcionando aos líderes políticos.
"O senador Lobão Filho está mostrando que dá valor a todas as lideranças que o cercam, que está disposto a ouvir", destacou o deputado Jota Pinto, presidente do PEN.
Para o secretário-geral do PSDC, Allan Kardec, a postura do senador "mostra um perfil diferente". "Nunca fomos valorizados por nenhuma liderança política como estamos sendo agora. Isso mostra um perfil diferente”, destacou.
Lobão classificou a reunião de "importantíssima e inédita". "Não é usual um pré-candidato fazer reunião com presidentes dos pequenos partidos. Ficou muito claro que a relação do próximo governo com a classe política será aberta. Será uma relação de ouvir os problemas que vêm do interior para que, aqui em São Luís, possam ter soluções, não só para a capital, mas para todo o estado", ponderou
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