PDT quer indicar o suplente de Roberto Rocha para o Senado

É natural que o PDT não aceite calado a mudança do vice na chapa de Flávio Dino. O esperneio faz parte do jogo político para que o partido possa reivindicar um outro espaço na chapa oposicionista, de onde não há o menor risco de buscar outro caminho, pois sabe que qualquer que seja vai beneficiar o grupo Sarney, responsável pelo golpe judicial que usurpou o legítimo mandato de Jackson Lago à frente do governo do estado.

A estratégia da revolta é para que possa conquistar o direito de indicar o suplente de Roberto Rocha (PSB) na candidatura ao Senado, consolidando a inédita união das oposições para derrotar o “Mal Supremo”, como definiu Flávio Dino os donatários da capitania hereditária do Maranhão.

A intensidade do protesto dos pedetistas é também para que se construa um acordo não somente para indicar o suplente, mas para garantir que haja uma espécie de rodízio do mandato, caso Roberto Rocha saia vencedor.

Sabem que apenas a indicação do suplente sem essa garantia, não significa nada. É notório o exemplo de Cafeteira, que mesmo enfrentando problemas de saúde não permitiu nenhuma vez durante os oito anos de mandato que o suplente Afonso Ribeiro, que também é do PTB, assumisse o Senado.

O grau de indignação e as especulações que alimentam a mídia sarneysista com a possibilidade de rompimento são necessárias para consolidar o acordo diante da mesma estratégia do ex-prefeito João Castelo (PSDB), que ameaça sair candidato ao Senado para poder indicar a filha, a deputada Gardênia Castelo, para a suplência.

Neste caso, por mais que o ex-prefeito e ex-governador tenha uma enorme representatividade eleitoral não é o suficiente para contrapor a um partido como o PDT, por mais intensa que seja o engajamento de Castelo na campanha de Flávio Dino.

Ainda mais em se tratando do PDT, partido de Jackson Lago que foi fundamental na sua eleição para prefeito em 2007, contra o o próprio Flávio Dino.

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