Pré-candidatos ao governo evitam influenciar na definição para o Senado
Lobão Filho prefere se manter neutro e explica que quer evitar trauma no seu grupo; já Flávio Dino evita falar na disputa entre Rocha e Castelo.
Ronaldo Rocha
Os pré-candidatos ao Governo do Estado pelo grupo governista e oposição, senador Lobão Filho (PMDB) e o comunista Flávio Dino (PCdoB), respectivamente, evitam se envolver diretamente ou influenciar na definição de candidatura para o Senado da República.
Pelo grupo liderado pela governadora Roseana Sarney (PMDB), dois nomes são colocados como pré-candidatos ao Legislativo: O deputado federal Gastão Vieira (PMDB), que conta com a indicação da direção nacional do PMDB, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB).
Já pela oposição, a disputa, até de certa forma traumática, está polarizada entre o vice-prefeito de São Luís Roberto Rocha (PSB) e o ex-prefeito da capital João Castelo (PSDB), que assegura ter aval do presidente nacional da sigla, senador e pré-candidato à presidência da República, Aécio Neves.
Na semana passada, o senador Lobão Filho afirmou ter recebido um telefonema do presidente nacional de seu partido, o senador Valdir Raupp (PMDB), sugerindo a indicação de Gastão Vieira para a ocupação de espaços na chapa majoritária. Na ocasião, Lobão afirmou que seria uma honra ter o deputado federal como companheiro de chapa, mas ressaltou à imprensa que nada havia sido definido pelo partido. Ele ainda fez questão de ressaltar a importância de Arnaldo Melo para o seu grupo político e não descartou a possibilidade de o presidente da Assembleia assumir o posto.
A condição de neutralidade foi assumida por Lobão Filho logo após terem sido iniciadas as discussões para o Senado da República. Em entrevista a O Estado no início do mês de maio, ele explicou que, enquanto candidato ao governo, não poderia se envolver diretamente em relação ao tema, justamente para evitar traumas no grupo político. "Não posso participar diretamente desta discussão, porque, naturalmente, aquele que não for o escolhido para a disputa, ficará magoado com o candidato a governador. E isso não seria bom nem para o nosso grupo, muito menos para a campanha. O PMDB é quem vai decidir essa questão, e tenho a certeza, sem nenhum tipo de trauma ou ruptura. A coisa será tratada com maturidade e no momento certo", justificou.
O PMDB ainda não definiu a forma e quando definirá a sua candidatura ao Senado. A expectativa é de que haja um consenso entre Gastão Viera e Arnaldo Melo. A definição por meio de pesquisa de intenções de voto e convenção partidária foram soluções sugeridas pelos pré-candidatos. Até o momento, no entanto, nenhuma das duas foi oficializada.
Oposição - Pela oposição, o comunista Flávio Dino também tem evitado se envolver na definição de candidatura ao Senado. Em apenas uma oportunidade, quando questionado pela imprensa, ele citou um acordo que previa a candidatura de Roberto Rocha ao Legislativo.
Apesar disso, ele jamais fez qualquer tipo de referência às investidas de João Castelo, recém-chegado à coligação, que também assegura candidatura ao Senado. O silêncio do comunista em relação a Castelo pode ser traduzido como uma tentativa de evitar um racha entre os partidos que o apoiam. O pré-candidato não quer se indispor com membros do PSB e do PSDB. Mesmo assim, segue pressionado por ambos os partidos por causa das duas pré-candidaturas ao Senado pela oposição.
Castelo reúne vereadores e reforça candidatura
O ex-prefeito João Castelo reuniu-se sábado 31, com vereadores de São Luís, em um "Café da Manhã" no São Luís Grand Hotel, oportunidade em que declarou em breve discurso ser pré-candidato a senador da República pelo PSDB. Castelo disse e repetiu que respeita a todos, mas quer ter respeitado o seu direito de contribuir com a democracia e representar o povo do Maranhão com dignidade e legitimidade, no Congresso Nacional.
Participaram do encontro, Isaías Pereirinha - presidente da Câmara Municipal - e os vereadores Manoel Rego, Sérgio Frota, Ricardo Diniz, Barbosa Lages, Chaguinhas, Alencar Gomes, Armando Costa, Nato, Marlon Garcia, e Marquinhos. José Joaquim justificou ausências dos vereadores convidados Gutemberg Araújo - que enviou carta de apoio, Josué Pinheiro e Rose Sales. Astro de Ogum, Chico Carvalho e Estevão Aragão tiveram suas ausências justificadas pelo vereador Pereirinha; pois alguns cumpriam, compromissos fora de São Luís.
O presidente Pereirinha falou da satisfação de reencontrar Castelo, reafirmando a sua admiração pelo tucano que sempre procurou ser e é uma liderança respeitável e atuante, e que tem toda legitimidade e direito de disputar o cargo de senador, com o aval e apoio dos maranhenses. O vereador Marquinhos foi claro ao afirmar que "se depender do meu apoio, Castelo terá a oportunidade de, mais uma vez, ser senador e legitimo representante do nosso estado no Congresso Nacional."
Participaram ainda do encontro Neto Evangelista e Gardênia Castelo, parlamentares com assento na Assembleia do Maranhão, lideranças e convidados.
Castelo pediu aos representantes da imprensa do Maranhão "que eu considero competente e inteligente que não se deixe levar por informações maldosas e inverídicas, para atender interesses subalternos de políticos mal-intencionados".
E acrescentou: "A deputada Gardênia, no momento em que eu decidi ser candidato ao Senado, atendendo ao chamamento do povo, a chamei para conversar e ela foi logo me garantindo, que, nesse caso, ela não seria candidata à reeleição”.
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