VAI A 584 O Nº DE PALESTINOS MORTOS NA AÇÃO MILITAR ISRAELENSE EM GAZA
Imagem
a partir do lado israelense da fronteira com a Faixa de Gaza mostra
fumaça que saía do território palestino. (Foto: Menahem Kahana / AFP
Photo)
CONFLITO EM GAZA
Combates são os mais graves desde 2012
|
Pelo menos sete palestinos, entre eles cinco pessoas de uma mesma
família, morreram nesta terça-feira (22) em bombardeios das Forças
Armadas israelenses contra diferentes partes do centro e do sul da Faixa
de Gaza, elevando para 584 o número de mortos palestinos durante a
ofensiva militar que hoje entrou em seu 15º dia.
Segundo Ashraf al-Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza,
quatro mulheres e um homem de uma mesma família morreram em dois ataques
na cidade de Deir al Balah, enquanto outro morreu na cidade de Khan
Yunes e o sétimo no campo de refugiados de Nusarit.
Outro bombardeio causou a morte de 11 pessoas em um edifício no centro da Cidade de Gaza. Com esses novos casos, o número de palestinos mortos na atual ofensiva
israelense contra Gaza chegou a 584, a maioria civis. Além disso, Qedra
calculou em 3.640 os feridos palestinos até o momento no conflito.
A ONU, por sua vez, advertiu que o número oficial registrado de
deslocados internos pelos bombardeios israelenses chegou a mais de 100
mil pessoas, o dobro do esperado pela Agência das Nações Unidas para os
Refugiados Palestinos (UNRWA) em seu plano de contingência.
Saiba mais
Em comunicado, Chris Gunness, porta-voz da agência na região, informou
que já são 69 os albergues-escola disponibilizados pela UNRWA para
alojar os cidadãos de Gaza que foram obrigados a deixar suas casas.
Outras fontes afirmam que esse número é bem mais alto, já que muitos
palestinos abandonaram seus lares para buscar abrigo na casa de
familiares em outra região, enquanto outros muitos tiveram que buscar
proteção nos jardins dos hospitais.
Dias antes de empreender a operação militar, Israel
emitiu um aviso para a população local, calculada em cerca de 100 mil
pessoas, para que deixassem suas casas, o que causou um primeiro fluxo
de deslocados.
Além das escolas da UNRWA, os cidadãos de Gaza não têm outro lugar para
fugir, já que Israel impõe um cerco militar por terra e mar sobre a
Faixa, e o Egito mantém fechada a única passagem que liga o território
palestino com o restante do mundo.
Durante a ofensiva militar de Israel, 27 soldados israelenses também
morreram, os dois últimos em combates na noite e segunda (21), além de
dois civis, um israelense e um beduíno, depois que foram atingidos por
foguetes lançados da Faixa de Gaza.
Informações do Do G1
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