Os brasileiros já sentiram no bolso o reajuste dos preços da gasolina anunciado pela Petrobras. Da semana passada para esta, o combustível ficou 5,11% mais caro nos postos, segundo pesquisa semanal de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), divulgada nesta sexta-feira (9).
O preço médio do litro da gasolina nas bombas saiu de R$ 3,287 na semana passada para R$ 3,455 nesta semana, segundo a agência. Foram consultados 3.277 postos em todo o país.
A gasolina mais barata é vendida na Paraíba, onde o preço médio nesta semana foi de R$ 3,266, de acordo com o levantamento. Em seguida, vem o Maranhão, com R$ 3,275, e São Paulo, com R$ 3,278.
Quem pagou os preços mais altos, em média, foram os moradores do Acre (R$ 3,932), do Amazonas (R$ 3,809) e de Rondônia (R$ 3,726), aponta a pesquisa.
Preço médio da gasolina por Estado:
Paraíba: R$ 3,266
Maranhão: R$ 3,275
São Paulo: R$ 3,278
Mato Grosso do Sul: R$ 3,353
Santa Catarina: R$ 3,39
Alagoas: R$ 3,407
Mato Grosso: R$ 3,408
Piauí: R$ 3,409
Paraná: R$ 3,44
Espírito Santo: R$ 3,441
Amapá: R$ 3,453
Minas Gerais: R$ 3,471
Sergipe: R$ 3,49
Rio Grande do Sul: R$ 3,501
Rio Grande do Norte: R$ 3,506
Goiás: R$ 3,52
Pernambuco: R$ 3,558
Pará: R$ 3,603
Roraima: R$ 3,64
Ceará: R$ 3,644
Rio de Janeiro: R$ 3,652
Distrito Federal: R$ 3,673
Tocantins: R$ 3,689
Bahia: R$ 3,71
Rondônia: R$ 3,726
Amazonas: R$ 3,809
Acre: R$ 3,932
Reajuste de 6% nas refinarias
A Petrobras decidiu reajustar em 6% o preço da gasolina e em 4% o preço do diesel nas refinarias. O aumento entrou em vigor no dia 30 de setembro.
A decisão foi tomada pela companhia diante dos problemas de caixa da empresa, após a recente alta do dólar. O dólar mais caro tem impacto negativo nos custos de importação de combustíveis pela estatal e eleva o endividamento em moeda estrangeira da companhia.
O reajuste anterior tinha sido aplicado em novembro de 2014, ainda na gestão da presidente Maria das Graças Foster, quando a alta da gasolina foi de 3% e a do diesel atingiu 5%.
Impacto na inflação
O reajuste deverá ter impacto na inflação, especialmente no caso da gasolina, que integra o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cujo índice já está elevado. No diesel, o impacto inflacionário é muito pequeno em um primeiro momento.
Em entrevista coletiva nesta semana, a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, afirmou que cada 1% de aumento da gasolina na bomba impacta em 0,04 ponto porcentual o IPCA, índice oficial de inflação. Por essa lógica, e caso a elevação se mantenha neste patamar até o fim do mês, o IPCA de outubro já teria um impacto de 0,20 ponto.

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