Embarque da carga de bois vivos ocorreu na manhã desta quinta-feira com destino ao Líbano. Foto: Karlos Geromy/Secap
Embarque da carga de bois vivos ocorreu na manhã no mês de abril com destino ao Líbano. Foto: Karlos Geromy/Secap


O primeiro embarque de gado vivo totalmente maranhense, realizado pelo Porto do Itaqui na última semana, ganhou repercussão positiva entre a população maranhense, sobretudo entre produtores. Os 1.250 animais embarcaram rumo ao Líbano, em uma operação que abre possibilidades para a pecuária do estado, que pode conquistar novos mercados, sobretudo internacionais.

“Os criadores da nossa região estão vendo essa operação como um grande avanço na comercialização dos nossos produtos, principalmente sabendo da chegada de mais empresas interessadas em exportar. É mais concorrência e valorização do nosso trabalho”, ressaltou Renato Pereira, do Sindicato Rural de Imperatriz.

Para o pecuarista Egídio Quental, de Açailândia, outro importante polo de bovinocultura do estado, a dedicação do Governo do Estado e dos produtores em manter a sanidade do gado foi fundamental para que a operação. “A partir do momento em que o Maranhão se tornou livre de febre aftosa com vacinação, essa oportunidade se tornou possível. A adequação do Porto do Itaqui também foi essencial. Hoje, outros estados exportam pelo nosso porto e vão perceber também o valor do nosso gado”, disse Egídio.

Muitos produtores participaram das rodadas de negócios promovidas pela Secretaria Estadual de Indústria e Comércio (Seinc) e pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) nos municípios de Bacabal, Açailândia e Imperatriz, além da audiência pública, realizada no início de março, na Assembleia Legislativa do Maranhão e tiveram boas impressões da parceria entre Estado, iniciativa privada e pecuaristas.

“Estive na audiência representando meu irmão e meu pai, que há anos trabalham com isso e tinham um desejo muito grande de uma oportunidade como essa, de exportar. É uma porta que está se abrindo e damos total apoio para que isso evolua”, contou Iêdo Barros, de Codó.

Na Assembleia Legislativa, o deputado Fábio Braga (PTdoB) também elogiou o trabalho. “Durante muitos anos a sanidade do gado e a logística foram entraves para a exportação do nosso gado e hoje percebemos a dedicação das secretarias ligadas ao setor em tornar viável essa relação comercial. Tudo que vier com benefícios aos produtores maranhenses e que contribua para que o estado se desenvolva e aumente sua receita é interessante”, reiterou.

Sobre as perspectivas futuras do setor, o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Márcio Honaiser, ressalta que a exportação de bois vivos pode ser desenvolvida em paralelo ao trabalho com carne processada. “Estamos incentivando os frigoríficos a se prepararem para também exportarmos carne processada e buscando atrair novas empresas para o estado, adensando a cadeia produtiva da carne e couro e gerando mais oportunidades, emprego e renda. Temos certeza, que, com o mercado da bovinocultura aquecido, nosso rebanho cresce e todos os envolvidos nessa cadeia saem ganhando”, disse.

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