Ação de Dilma por votos contra impeachment abre crise com PCdoB do Maranhão
Uol
Um pedido da presidente afastada, Dilma Roussef, abriu uma crise entre o comando do PT e do PCdoB.
Na expectativa de conquista de votos contrários a seu impeachment no Senado, Dilma pediu que a cúpula do PT interviesse em cinco cidades do Maranhão em atendimento a reivindicações dos senadores maranhenses João Alberto (PMDB) e Roberto Rocha (PSB).
O comando do PT interveio em apenas dois municípios. Em Codó, quinta maior cidade do Estado, determinou que o PT rompesse a aliança com o PCdoB, na qual ocuparia a vice da chapa, para apoiar o candidato do PSDB.
Em Timon, terceiro maior município do Maranhão, a direção petista decidiu que o partido saísse de uma chapa composta por PSB e PCdoB em favor do outro integrada por PSD e PMDB.
Segundo petistas, a operação também contemplaria o senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Segundo apurações, o presidente do PT, Rui Falcão, atendeu parcialmente as solicitações de Dilma. Em respeito aos pedidos do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não houve intervenção também em São Luís, Imperatriz e Balsas.
As concessões foram, porém, suficientes para incomodar a cúpula do PCdoB, que procurou a cúpula do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mobilização foi também para evitar novas intervenções.
Presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos diz não querer acreditar nas decisões do partido. “Depois de todos gestos que o Flávio (Dino) fez (contra o impeachment), isso não é brincadeira”, reclama Luciana Santos, que é candidata à Prefeitura de Olinda (PE) sem apoio do PT.
Deputado federal pelo PDT do Maranhão, Weverton Rocha diz que seu partido terá que dar uma resposta ao PT.
Segundo o secretário de Organização do PT, Florisvaldo Souza, o PT manteve a aliança com o PCdoB nas principais cidades do Maranhão, atendendo às orientações do governador Dino.
Questionado se esse era um pedido da presidente afastada, limitou-se a dizer: “Eu me reservo o direito de não falar sobre isso. Não vou responder”.
Por outro lado, o senador Roberto (PSB-MA) nega que tenha exigido alianças no Estado em troca de um voto contrário ao impeachment no Senado Federal. Ele admite ter conversado com Dilma e com o presidente interino, Michel Temer (PMDB).
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