A região gera perspectivas para grandes investimentos e ganha evidência na produção energética do país.




Por fazer parte da Bacia do Parnaíba, o Maranhão apresenta condições estratégicas e naturais para exploração de gás natural. A região gera perspectivas para grandes investimentos e ganha evidência na produção energética do país.

No mês passado, o estado foi destaque, durante a 14ª Rodada de Licitações de Petróleo e Gás, promovida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Vista como a Nova Fronteira da exploração de gás natural no Brasil, a Bacia do Parnaíba teve doze blocos incluídos na licitação, sendo seis em território maranhense.

Os blocos em oferta no Maranhão abrangiam os municípios de Benedito Leite, Buriti Bravo, Colinas, Fernando Falcão, Lagoa do Mato, Loreto, Mirador, Nova Iorque, Paraibano, Passagem Franca, Pastos Bons, São Domingos do Azeitão, São Félix de Balsas, São João dos Patos, Sucupira do Norte, Sucupira Do Riachão e Tuntum.

Cinco dos seis blocos exploratórios do setor SPN-N, na Bacia do Parnaíba, justamente onde se encontra o Maranhão, foram arrematados pela Parnaíba Gás Natural (PGN) controlada pela Eneva. Não houve ofertas para os blocos restantes localizados na Bacia do Parnaíba, um deles abrangia parcialmente o território maranhense e os outros ficam situados no Piauí.

A companhia brasileira integrada de energia, a terceira maior empresa em capacidade térmica do país, e também a maior operadora privada de gás natural do Brasil, pagou R$ 2,7 milhões em bônus de assinatura pelas cinco concessões. A Eneva deve investir, no mínimo, R$ 55,3 milhões nas concessões.

Os novos ativos, localizados na Bacia do Parnaíba, vão complementar o portfólio da companhia, que já conta com sete campos, sete Planos de Avaliação de Descoberta (PADs), e sete blocos oriundos da 13ª Rodada. A Eneva tem um parque de geração térmica com 2,2 GW de capacidade instalada, com capacidade de produção de 8,4 milhões de m³/dia. Com a expansão da exploração de mais cinco blocos na Bacia do Parnaíba, o Maranhão fortalece sua posição na produção de energia e na economia do estado.

Para o secretário estadual de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo, o impacto do aumento da oferta de gás natural gerado pela exploração das reservas da Bacia do Parnaíba presentes no Maranhão será positivo para o Produto Interno Bruto (PIB) e para a balança comercial do estado. É possível apontar ainda, impactos para os setores de suporte à indústria do petróleo e do gás natural, que irão gerar, por exemplo, demanda de mão de obra especializada na exploração, produção e distribuição e consequente oferta de empregos e geração de renda e desenvolvimento dos elos da cadeia produtiva de petróleo e gás.

“O gás natural desponta como o bem energético com a mais significativa evolução relativa de participação na demanda doméstica por energia. Porém, estas projeções estão condicionadas ao estímulo para o desenvolvimento da infraestrutura nacional de transporte e distribuição do gás e à destinação efetiva da produção para o mercado consumidor doméstico”, destaca.
Quanto aos compromissos assumidos pela empresa, Simplício Araújo informa que além dos investimentos mínimos obrigatórios de R$ 55,3 milhões nas concessões, serão feitas contrapartidas sociais e participação em Rodadas de Negócios do Programa Maranhão Mais Produtivo.

Investimentos

Este ano, a Eneva, investiu R$ 300 milhões para o desenvolvimento de dois dos 11 campos que compõem a Bacia do Parnaíba: Gavião Caboclo e Gavião Azul, e aumento do fator de recuperação de um dos campos, Gavião Real, incluindo uma campanha de desenvolvimento de perfuração, que proporcionou geração de emprego, qualificação de mão de obra local.

Em 2016, a companhia investiu R$ 256,4 milhões, dos quais 66% foram para a exploração e produção (R$ 169 milhões), R$ 43 milhões em perfurações na Bacia do Parnaíba e R$ 64 milhões nas campanhas de desenvolvimento na região.

Os campos de Gavião Real e Gavião Azul, localizados nos municípios de Santo Antônio dos Lopes e Capinzal do Norte, tiveram a comercialidade declarada (aptos a produzir), respectivamente, em abril e setembro de 2011. O Gavião Caboclo, que abrange quatro municípios: Igarapé Grande, Pedreiras, Trizidela do Vale e São Luís Gonzaga do Maranhão, tornou-se comercial em junho de 2016. A Eneva produziu uma média de 5,2 milhões de m³/dia de gás no ano de 2016, sendo que em julho a empresa alcançou a capacidade de produção de 8,4 milhões de m³/dia, volume contratado para atender à geração térmica das usinas da Eneva no Maranhão.

Em outubro de 2016, a Parnaíba Gás Natural (PGN), fornecedora exclusiva do complexo termelétrico do Parnaíba, passou a ser subsidiária da Eneva, por meio de uma operação de aumento de capital. Desde o começo de 2015, a companhia declarou a comercialidade de sete áreas na Bacia do Parnaíba, que se transformarão em cinco campos, já que o campo de Gavião Caboclo Sul fará parte de Gavião Caboclo, enquanto Gavião Branco Sul será anexado à Gavião Branco Norte. Dos cinco campos ativos, três já entraram em produção. A companhia ainda avalia outras sete descobertas na região.

No Maranhão, a Gasmar é a distribuidora de gás natural responsável, com exclusividade, pela comercialização dos serviços de distribuição de gás canalizado em todo estado, prestando serviços de Operação e Manutenção para a Eneva no Complexo Termoelétrico do Parnaíba, localizado no município de Santo Antônio do Lopes.

Pelo Imparcial 

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