Os presidentes dos Conselhos Temáticos da FIEMA e vice-Presidentes executivos da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, Celso Gonçalo (Micro e Pequenas Empresas), Benedito Bezerra Mendes (Meio Ambiente), juntamente com o presidente e o vice-presidente do Conselho Temático de Infraestrutura e Obras da FIEMA, João Batista Rodrigues e Flávio Lima, representaram a entidade na visita técnica e mesa redonda sobre a precariedade da BR 135, única via de acesso por terra à capital maranhense e para a indústria local, e cujos problemas encontrados em sua infraestrutura, causam lentidão no fluxo do tráfego e aumentam os custos logísticos. 


A comitiva da FIEMA atendeu ao convite do deputado Hildo Rocha (MDB/MA) e da Câmara Federal, por meio da Comissão de Viação e Transportes que debateu a situação das rodovias federais no Maranhão, com atenção a situação da BR-135, nos trechos Estiva/Bacabeira, Peritoró/Presidente Dutra. 


“A atual situação da BR-135 aumenta os custos tanto de quem produz aqui no Estado, quanto de quem importa, pois os produtos chegam mais caros devido aos fretes que passam a subir de preço e atrasar as entregas. Tudo isso, tira o poder de competitividade da indústria maranhense, e provoca uma depreciação do mercado e do produto local,” ressaltou o vice-presidente executivo da FIEMA, Celso Gonçalo que representou o presidente Edilson Baldez. 


Para o deputado Hildo Rocha “A BR-135 é a principal via terrestre de acesso dos maranhenses. Mas lamentavelmente está abandonada, com uma manutenção que é insuficiente, sem fiscalização, sem segurança. Essa situação não pode continuar assim. Por esse motivo, solicitei a realização de audiência pública para que possamos discutir os problemas e encontrar soluções para as questões que levaram a BR ao estado de calamidade em que a estrada se encontra. Vamos fazer um relatório e apresentar a Comissão”. 



Segundo o parlamentar, os trechos da BR 135, da BR 222 e da BR 226 no Estado do Maranhão são considerados pontos críticos, com risco de sofrerem danos irreversíveis caso não haja intervenção imediata. É interessante destacar que para a manutenção das rodovias federais no Maranhão, o orçamento de 2021 ficou bem abaixo do de 2020, caindo de R$ 199 milhões no ano passado para 108 milhões nesse ano. 

A visita contou ainda com a presença dos deputados federais pelo Maranhão, Cleber Verde, Dr. Gonçalo, Victor Mendes,  do deputado estadual, Ariston Ribeiro, do secretário do Tribunal de Contas da União no Estado do Maranhão, Alexandre José Caminha Walraven, além do superintendente regional do DNIT no Estado do Maranhão, Glauco Henrique Ferreira da Silva, do superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Maranhão, Jandir André Lubenow e do prefeito de Presidente Dutra, Raimundo Alves Carvalho (Raimundinho da Audiolar), que recepcionou a comitiva com o almoço e também destacou a situação da BR que corta a cidade. 

Durante a visita técnica na BR 135, a comitiva realizou verificações in loco na BR, em trechos específicos como a Ponte do Estreito dos Mosquitos, Bacabeira, final da duplicação concluída, saída de Santa Rita, Entroncamento, Capinzal do Norte, próximo à entrada da Ursina termoelétrica em Santo Antônio dos Lopes, Dom Pedro e Presidente Dutra, onde aconteceu a mesa redonda. 

A estimativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) é de que seriam necessários R$ 542 milhões por ano para manutenção da malha rodoviária federal maranhense. O superintendente do DNIT, Glauco Henrique Ferreira da Silva esclareceu que a deterioração do pavimento das rodovias maranhenses ocorre em função de falhas históricas e que por isso o órgão mantém contratos de manutenção e desenvolve projetos de manutenção para reconstrução de grande parte dos segmentos”. 

Pesquisa da Confederação Nacional de Transporte (CNT) sobre as rodovias maranhenses revela que o estado apresenta problemas crônicos em sua malha rodoviária. Aponta que 79,3% da malha é considerada regular, ruim ou péssima, ameaçando a produtividade industrial. Os pontos críticos levantados na pesquisa identificam de 246 ocorrências em 222 trechos com buracos enormes, gerando aumento de custo operacional do transporte de 38,6%. E consumo desnecessário de 46,5 milhões de litros de diesel. Esse desperdício custou R$ 204,63 milhões aos transportadores. 

Segundo a CNT, para recuperar as rodovias no Maranhão, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, seriam necessários aproximadamente R$ 3,7 bilhões. 

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