Weverton diz que vai trabalhar com o presidente 'que for eleito' e recriar programas voltados para a geração de emprego no Maranhão
O candidato ao governo do Maranhão, Weverton Rocha (PDT), concedeu entrevista ao vivo no JMTV 1ª edição, nesta segunda-feira (12). Durante o momento, ele apresentou suas propostas, caso seja eleito.
A participação dele faz parte de uma série de entrevistas que, a TV Mirante, realiza com os nove candidatos ao governo do Estado. Veja o cronograma das entrevistas:
12/09 - Weverton Rocha (PDT);
13/09 - Frankle Costa (PCO)
14/09 - Joás Moraes (DC)
15/09 - Enilton Rodrigues (PSOL)
16/09 - Carlos Brandão (PSB)
17/09 - Simplício Araújo (Solidaridade)
19/09 - Hertz Dias (PSTU)
20/09 - Edivaldo Holanda Júnior (PSD)
21/09 - Lahesio Bonfim (PSC)
Candidato Weverton Rocha é entrevistado no JMTV
Apoio a candidatos à presidência do Brasil
O candidato é do PDT, partido que tem Ciro Gomes como candidato à presidente da República e conta na chapa, com Hélio Soares, do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, Weverton Rocha demonstrou, em sua pré-campanha, seu alinhamento com o ex-presidente Lula.
Questionado sobre quem ele está apoiando nestas eleições, Weverton reafirmou que, vai buscar o apoio e recursos com o presidente que for eleito pela população, independente de partido.
"Não há mudança de opinião, há coerência na minha trajetória. Nos momentos mais difíceis, não só do presidente Lula mas da democracia, eu estive em um lado só, o dos trabalhadores e dos aposentados. Basta ver tudo que eu fiz como deputado federal e senador. Aliás, no momento mais difícil do presidente Lula, quando ele estava preso, foi o Weverton que foi lá visitar ele, para entender o que tinha acontecido. Neste momento do Maranhão eu busquei um vice do PL, o partido do presidente, o meu partido tem o Ciro Gomes como candidato. Então, o problema não é que é meu candidato, a questão é que eu vou trabalhar com o presidente que você elegeu. O Maranhão só perde com as brigas, o povo sempre sai como perdedor (...) O presidente que for eleito eu vou pedir ajuda e bater em Brasília, com muita humildade, para trazer recursos para o Maranhão", disse.
Weverton Rocha foi questionado, novamente, sobre sua chapa conter um vice-governador que é do partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), quando ele sempre se demonstrou contrário as ideologias de Bolsonaro.
Ele explicou que essa escolha foi uma demonstração de que ele está preparado para ser governador do Maranhão e reafirmou que está pronto para 'dialogar, liderar e sentar na mesa' com os diferentes.
“Isso mostra que estou preparado e sou um grande líder. Eu sou um parlamentar coerente, sempre tive um lado, o lado progressista do Maranhão, sempre votei com a oposição e mesmo assim, o presidente autorizou o partido a indicar o meu vice. Isso quer dizer que eles sabem que as matérias importantes para o Brasil, o Auxílio Brasil, o antigo Bolsa Família, eu fui o presidente da sessão e o senador Roberto Rocha, foi o relator. São 1 milhão e 200 mil famílias atendidas no Maranhão. Esse Bolsa Família, que era R$ 100 e poucos reais, foi para R$ 600 reais, emenda minha que logo quando foi R$ 400 reais. As grandes agendas do Brasil, os enfermeiros do Brasil, os agentes comunitários de Saúde, agentes de combate a endemias, todos os nossos servidores públicos sabem o quanto eu fui responsável no Congresso em votar matérias de interesse do Brasil. Então isso não é contradição, isso mostra que o governador do Maranhão Weverton, está pronto para dialogar, liderar e sentar na mesa com os diferentes", explicou o candidato.
Processo de dispensa ilegal de licitação quando foi Secretário de Esportes
A entrevista relembrou o processo de dispensa ilegal de licitação, no qual Weverton Rocha foi alvo e que aconteceu no período em que ele esteve à frente do governo de Jackson Lago, como secretário de Esportes e Juventude. O processo foi, recentemente, encerrado pela justiça.
O candidato foi questionado se esse episódio não atrapalha sua campanha rumo ao Governo do Estado. Weverton atribuiu o fato a 'interesses políticos' da época e disse que o debate sobre este caso, está encerrado.
"Pelo contrário. Foi o encerramento de forma abrupta da minha gestão. O governo Jackson Lago foi cassado, foi interrompido. Imagine que você está dentro de uma casa, fazendo uma reforma e chega a justiça dizendo 'você sai agora daqui', foi o que aconteceu. Naquele momento do interrompimento da cassação do Jackson Lago, o secretário que me sucedeu, depois de quase 10 anos, deu uma entrevista dizendo que aquilo foi uma decisão política. Isso está, aliás, confirmado pela Justiça e por vocês. Eu queria lembrar vocês que, em menos de um mês, o Jornal Nacional, o mesmo William Bonner que falou da abertura do processo, ele falou também sobre o encerramento desse processo. Então está encerrado esse debate. A questão do Costa Rodrigues foi uma questão política, os ex-secretários disseram na época que a decisão de parar a obra foi uma decisão para prejudicar o governo do Jackson que tinha saído e ia concorrer em 2010", explicou o candidato.
Comida na mesa e incentivo à agricultura familiar
Uma pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (12) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), mostrou que o trabalhador que ganha um salário mínimo, gasta até 60% do orçamento com a cesta básica.
O candidato do PDT foi questionado, durante a entrevista, sobre quais são suas propostas para mudar essa realidade dos maranhenses e qual será seu projeto para incentivar a agricultura familiar no Estado.
"Você produzindo no Maranhão, você barateia o frete, você gera o emprego na Zona Rural e faz com a comida chegue mais barato na sua mesa. O tomate, a cebola, tudo aquilo que você está comendo agora, pergunte de onde vem? De fora. Sai mais caro. Segundo que, o governador Weverton, vai fortalecer a agricultura familiar no Maranhão, o agronegócio, nós vamos sentar com todos para que a gente possa fazer com que isso gere emprego. É um absurdo o Maranhão só estar mandando para fora, sendo que os commodities, todas as matérias primas sendo agregado o valor, os serviços e serem industrializados os produtos aqui, para gerar mais mão de obra. A minha meta será a geração de emprego, o nome da minha coligação é 'Juntos pelo Trabalho'", disse.
Reedição e criação de programas voltados para o emprego
Em outro ponto da entrevista, Weverton Rocha afirmou que, se eleito, vai reeditar o programa 'Primeiro Emprego', que foi criado no programa da ex-governador do Maranhão, Roseana Sarney. Ele explicou que o programa vai dar oportunidades aos jovens entrarem no mercado de trabalho.
Ele também diz que, se eleito, vai criar um programa voltado para mulheres acima de 40 anos e que estão desempregadas.
"Eu nunca votei na família Sarney na minha vida, mas o programa da ex-governadora Roseana Sarney foi muito bom, o 'Primeiro Emprego'. Eu vou voltar o programa para você que é jovem poder estar tendo a oportunidade de entrar no mercado de trabalho. Porque veja você, que é jovem, as empresas não querem contratar um jovem porque ele não tem experiência. Mas como é que ele vai ter experiência se ele não teve a primeira oportunidade? Nós vamos voltar o 'Primeiro Emprego'. Vou te dar um exemplo. O programa 'Segunda Chance', Weverton vai criar o programa 'Segunda Chance', para você que é mulher, tem mais de 40 anos, e está desempregada. O governo vai pagar uma parte desse salário para a empresa que te contratar novamente, para lhe dar essa segunda oportunidade de você se inserir no mercado de trabalho. Então a gente vai fazer esse estímulo do trabalho aqui no Maranhão", explicou Weverton.
Maranhenses na extrema pobreza
Cerca de três milhões de maranhenses vivem na extrema pobreza, com menos de R$ 500, segundo uma pesquisa do Mapa da Pobreza. O candidato foi questionado sobre suas propostas para a mudança desta realidade e afirmou que, se eleito', pretende isentar impostos de vários produtos da cesta básica.
"A questão da cesta básica, eu estou com um estudo profundo, e tenho certeza que nós iremos isentar vários produtos da cesta básica na questão dos impostos, para que ela chegue mais barato na sua mesa. E um outro item que eu vou colocar na cesta básica, é o da internet. Você que está aí no interior, você precisa ter mais conectividade, precisa estar mais próximo. Eu vim do interior, eu sou de Imperatriz e sei quanto o Estado é distante das pessoas e dos municípios. Eu vou levar o estado para os municípios, de forma presente e claro, administrativamente e politicamente, regionalizando o governo", disse.
Apoio em um eventual segundo turno
De acordo com a última pesquisa Ipec, divulgada em 23 de agosto, mostrou que o candidato aparece na segunda colocação das intenções de voto, com 16%. Tecnicamente, dentro de margem de erro, ele aparece empatado com o terceiro colocado.
Weverton foi questionado que, caso vá ao segundo turno, o que ele pretende fazer para conquistar os eleitores dos demais candidatos. Ele afirmou que estará pronto para debater os projetos do Maranhão e as soluções que serão dadas para a geração de emprego.
"Dentro da margem de erro daqui, com todo o respeito, o mesmo período eleitoral da eleição passada para Senador, os institutos divulgados aqui nessa emissora disseram que eu estava em quarto lugar, eu fui o mais votado da história do Maranhão, com quase dois milhões de votos. Portanto, a minha pauta são as minhas agendas, o trabalho que eu estou levando na ponta, e tenham certeza que nós estamos trabalhando para vencer no primeiro turno. Caso eu vá para o segundo, eu vou estar pronto para debater os projetos do Maranhão e quais serão as soluções que nós vamos dar para gerar emprego, porque é isso que o povo está querendo", afirmou.
O JM1 corrigiu a fala do entrevistado e mostrou que, em 2018, ele não aparecia nas pesquisas em quarto lugar. Ele apareceu em primeiro lugar, na pesquisa feita pelo Ibope e contratada pela TV Mirante, em primeiro lugar.
Cargos executivos
Em outro ponto da entrevista, Weverton Rocha foi lembrado sobre sua trajetória política, onde assumiu cargos legislativos como Deputado Federal e mais recentemente, como Senador do Maranhão. Entretanto, nunca foi eleito para um cargo executivo, tendo assumido somente cargos comissionados.
Ele foi questionado se o fato de não ter sido eleito para nenhum cargo executivo poderia atrapalhar a adesão dos eleitores à sua campanha. Weverton Rocha negou e disse vai trabalhar de 'mãos dadas' com os prefeitos.
"Fui assessor do Ministério do Trabalho e Emprego, na época do presidente Lula, ajudei a trazer o PROJOVEM, Programa de Qualificação para cá no Maranhão. Fui secretário de Esportes e Juventude do Dr. Jackson Lago, ajudamos a implantar várias praças da Juventude, como o Centro de Juventude lá em Timon, onde pudemos atender vários jovens e adolescentes que estavam lá, em situação de risco. Eu, como parlamentar, tenho tido como a linha de frente, direto, e trazendo para cá ações que são, inclusive, obrigação do executivo. Como o Hospital de Amor, ambulâncias, equipamentos para a área agrícola e claro, a participação direta com o municipalismo. Eu sou um político municipalista. Você que é prefeito, que apoia ou não me apoia, eu serei um governador de portas abertas para os municípios. Para nós trabalharmos de mãos dadas, porque eu tenho certeza que dialogando, que é uma das virtudes que o meu governo terá como característica a humildade de conversar, nós estaremos de mãos juntas para enfrentar o problema. Eu sei que a saúde é um problema no interior, a segurança é muito complicada, a estrada está ruim, nós precisamos gerar emprego. Tenha certeza que eu tenho a juventude, conheço os 217 municípios, conheço Brasília e vou bater na porta para obter recursos para cá e o melhor de tudo, eu tenho independência. Eu sou financiado exclusivamente pelo meu partido político. Eu não tenho o rabo preso com ninguém no Maranhão, nem com os grandes empresários e com os grandes políticos. Eu vou montar um governo eficiente, para ali atender e fazer com que o dinheiro chegue de verdade lá na ponta", disse.
Descentralização do governo
Uma das propostas do candidato é a descentralização do governo com a criação de 12 regionais, que serão sedes administrativas de municípios do Estado. O candidato foi questionado de como essa proposta iria funcionar, inclusive em relação ao orçamento.
Weverton Rocha explicou que pretende descentralizar o orçamento através do Plano Plurianual (PPA), da Lei Orçamentária Anual (LOA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), regionalizando o dinheiro público e realizando isso em conjunto com a sociedade.
"Eu vou voltar primeiro com 12 e depois nós vamos aumentando. A ideia é descentralizar. Mais de 90% cargos comissionados do Maranhão, são concentrados aqui na capital, a grande estrutura está aqui. Se a UEMA lá de Caxias precisar trocar uma lâmpada, tem que ligar para São Luís para São Luís mandar resolver. Se lá em Imperatriz precisar fazer uma reforma do colégio, tem que mandar uma licitação daqui de São Luís para resolver de lá. Ou seja, eu vou descentralizar. Cada regional vai ter sua unidade administrativa e financeira, para ela tocar as demandas do Estado nessas regiões. Nós iremos fazer através do PPA, da nossa LOA, da LDO, toda a montagem para que esse orçamento seja regionalizado, de forma correta e efetiva, seja discutido com a sociedade através do orçamento participativo, que já tínhamos nas gestões do PDT anteriores e eu vou reeditar essa política de diálogo com a sociedade", disse.
Por que ser governador do Maranhão
O candidato do PDT foi questionado, pelo JM1, sobre as razões que ele tem para ser governador do Maranhão. Em seu discurso, o candidato apresentou propostas.
"Eu quero ser governador do Maranhão para voltar o Primeiro Emprego para nossa juventude, para dar oportunidade a ela de entrar no mercado de trabalho. Quero ser governador do Maranhão para criar o programa 'Segunda Chance' para as mulheres acima de 40 anos e que estão fora do mercado de trabalho. Quero ser governador do Maranhão para levar as 'Casas dos Empreendedores' para as 12 regionais que nós abriremos e é para você que quer ter seu próprio negócio e quer ter estímulo, para ter seu próprio contador, advogado, e de um apoio do sistema S ou de uma empresa privada, que possa articular com você a sua potencialidade. Quero ser governador para virar a chave e fazer com a água chegue de verdade na sua casa e claro, o banheiro seja construído dentro das casas dos nossos maranhenses", reafrimou.
Considerações finais
Ao fim da entrevista, o candidato teve um minuto para suas considerações finais. Em sua fala, Weverton Rocha agradeceu ao espaço para o debate das suas ideias para o Maranhão, relembrou algumas figuras importantes do seu partido como os ex-governadores do Maranhão, Jackson Lago, e do Rio Janeiro e do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola.
Ele reafirmou que, se eleito, vai gerar oportunidades e empregos para os maranhenses.
"Agradeço o espaço e parabenizo o Sistema Mirante, a gente não só briga, eu reconheço que vocês estão cumprindo um papel fundamental nesta eleição, em abrir os espaços para os candidatos. Dizer a você que eu sou filho de uma professora evangélica, de um técnico agrícola. Como parlamentar, eu sou o autor da Lei que proíbe cortar energia elétrica no fim de semana, trouxe para cá o Hospital de Amor, tive na luta incessante defendendo os nossos agentes comunitários de saúde e endemias. Como governador, eu vou voltar o primeiro emprego para o Maranhão, criar o Segunda Chance, eu vou acabar com o IPVA das motos de até 170 cilindradas para você que tem sua moto ter a tranquilidade de você poder trabalhar, de poder levar seu filho no colégio. Tenha certeza que Weverton, governador, é 12. É o do Jackson Lago, do PDT, do Brizola, da educação. Nós vamos gerar oportunidades, criando emprego para você, e para sua família", finalizou.
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