“O pessoal aqui é muito governo, não quer ficar contra”, diz Carlos Brandão
Segundo o governador, PL, de Maranhãozinho, caminhará com o Governo na Assembleia.
Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, divulgada nesta terça-feira, o governador reeleito do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), tratou de temas diversos da política local e nacional, como a sua relação com a Assembleia Legislativa e os impactos da eleição presidencial, disputada entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sobre a composição de sua base de apoio na Assembleia Legislativa, Brandão avaliou que não terá maiores dificuldades para construí-la, inclusive contando com o apoio do PL, partido comandado pelo deputado federal reeleito Josimar de Maranhãozinho e que apoiou a candidatura ao Governo do senador Weverton Rocha (PDT).
“Nessa última eleição a gente construiu uma grande base. Saíram só PDT e Republicanos. O União Brasil ficou neutro. O PL fez um acordo com o Weverton, mas não quer ser oposição. Já mandaram recado que na Assembleia vão marchar junto. O pessoal aqui é muito governo, não quer ficar contra. O deputado contra o governo não consegue levar uma ponte, um poço artesiano, apesar de ter emenda impositiva. Eles querem indicar cargos nas diretorias dos hospitais, participar de órgãos do governo no município. A questão do partido é mais para disputar a eleição, não tem essa ideologia, se é esquerda, direita. A sigla não pesa muito, não”, afirmou o governador sobre o assunto.
Brandão avaliou, ainda, que, neste momento, o objetivo é manter o foco no Maranhão e nos demais Estados do Nordeste para que a vantagem de Lula seja ampliada.
“Não podemos deixar a eleição esfriar. Houve a eleição no domingo (2), e na segunda-feira (3) já fizemos uma caminhada. Depois uma agenda com prefeitos e vice-prefeitos e outra com ex-prefeitos. A tendência natural, quando só há o candidato a presidente, é uma redução na mobilização. Tivemos 23% de abstenção, mas a gente tem uma preocupação de que isso não aumente no segundo turno. A diferença que São Paulo fez [para Bolsonaro] nós tiramos aqui no Maranhão. Acho que o Lula cresce um pouquinho mais. E a gente não vê movimento deles [bolsonaristas] aqui. Teve uma presença da primeira-dama e do próprio Bolsonaro, que veio num evento fechado, pequeno. Aqui é um estado muito lulista”, disse.
Sobre os péssimos indicadores sociais do Estado, Brandão justificou: “Esses índices que a gente tem são do censo de 2010. Assumimos o governo em 2015. Em 2015 e 16, tivemos a maior recessão do país. Em 2021, tivemos a pandemia. Mesmo assim, somos o estado que teve o maior salto positivo no Caged do Nordeste e o quarto do Brasil. Mais de 100 mil empregos formais gerados. No que diz respeito às escolas, fizemos mais de 1.500 obras educacionais, implantação de escolas de tempo integral. O salário de professores temos os melhores do Brasil. Na saúde, construímos 27 hospitais regionais. Criamos a Secretaria de Agricultura Familiar para gerar renda. Quando o novo censo for divulgado, essas ações vão se refletir”
Clique Aqui e confira a entrevista na íntegra.
Comentários do Blogger
0 Comentários