Produtores rurais de Satubinha, atendidos pelo Sebrae no Maranhão, comercializam alimentos para a prefeitura.
Produtores rurais do Assentamento Santa Rita, em Satubinha, estão comemorando a primeira colheita das culturas de hortaliças, como alface, coentro, cebolinha, couve-flor, pepino, maxixe, quiabo, melancia, feijão e abacaxi. Recentemente, toda a colheita feita nesse território foi comercializada para a Prefeitura de Satubinha, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura. E desta forma, os alimentos orgânicos e nutritivos fizeram parte do cardápio escolar das escolas da rede municipal.
O assentamento tem 20 famílias atendidas pelo Sebrae por meio do Programa Produzir Brasil (PPB), que adota como estratégia a criação de um ambiente favorável para estimular a produção e produtividade das propriedades localizadas em áreas de assentamento do Incra.
O Programa é uma iniciativa estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com o Sebrae no Maranhão, Incra e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).
“Por meio do Sebrae, e em parceria com a prefeitura, beneficiamos 20 famílias do Assentamento Santa Maria com o PPB, que é o acompanhamento técnico. Antes da inclusão desses produtores neste projeto grandioso, só havia no assentamento a produção de mandioca e pecuária, e os agricultores não recebiam nenhum incentivo. A nossa expectativa é melhorar cada vez mais a produção e a vida dessas pessoas”, destacou o Secretário Municipal de Agricultura de Satubinha, Ismael Nascimento Berto.
Sebrae leva 30 produtores rurais de Satubinha para o Dia do Campo, em Governador Newton Bello.
Para melhorar ainda mais a produção a partir de informações sobre novas tecnologias no campo e visitas às propriedades que são referências de boas práticas do plantio, o Sebrae levou 30 produtores rurais do Assentamento Santa Rita, ao “Dia do Campo”, que ocorreu no dia 15 de agosto, em Governador Newton Bello.
Na realização do Dia do Campo, os produtores do Assentamento Santa Rita tiveram orientações de estratégia de desenvolvimento de pequenos negócios no campo.
O gerente da Unidade de Negócios do Sebrae em Bacabal, Adalberto Fraga, ressaltou a importância do evento. “Toda e qualquer proposta que tenta integrar lavouras tem resultado muito positivo, principalmente, do ponto de vista da sustentabilidade. E isto se reforça com a existência de práticas agrícolas de destaque, como minhocário que produzem húmus, e a água de criadouros de peixes que são nutrientes necessários para produção de hortaliças”, declarou Adalberto.
“A convite do Sebrae Bacabal comparecemos ao ‘Dia do Campo’. A ideia é que consigamos aprender, na prática, o efeito positivo de experiência em regiões rurais. E desta forma, possamos identificar quais recursos são utilizados, as dificuldades, os resultados, levando o aprendizado para o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) de Bacabal”, disse a professora do IEMA de Bacabal, Francisca do Nascimento.
Case de sucesso
Um dos pequenos negócios apresentados no Dia do Campo foi o do produtor Deuzimar Lima Silva, que é atendido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Maranhão. Há oito anos, Deuzimar implantou o “Sisteminha” em sua propriedade, que é um projeto focado na produção de alimentos, na segurança alimentar e comercialização de excedentes. O produtor rural também usou técnicas do “agroflorestal”, voltado para a produção vegetal, para a biodiversidade de plantas, proteção ambiental e produção de renda.
“Com o ‘Sisteminha’ e o ‘agroflorestal’, eu tive melhorias significantes na minha produção de hortaliças, maracujá, banana, acerola, goiaba e o caju. Eu só tenho a agradecer pelos ensinamentos e toda assistência técnica, que me tornaram um profissional melhor no ramo da agricultura”, frisou Deuzimar Lima Silva, cuja sua propriedade está em Governador Newton Bello.
Sisteminha - é um projeto que consiste na produção integrada de alimentos. Nele, por exemplo, a água utilizada na criação de peixes é utilizada para irrigação de hortaliças ou pastagens. Os peixes criados, por sua vez, podem ainda ser vendidos para pagar os custos do projeto. “Eu achei muito interessante o ‘case’ do Deuzimar, porque ele utiliza o Sisteminha, que é um projeto que desenvolve várias culturas. Meu desejo agora é que o Sisteminha seja implantado na nossa comunidade”, afirmou Luís da Silva Conceição, vice-presidente da Associação de produtores rurais do Santa Maria de Satubinha.
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