Grupo suspeito de se passar por central de segurança de banco para aplicar golpe no MA é preso em São Paulo
Grupo suspeito de se passar por central de segurança de banco para aplicar golpe no MA é preso em São Paulo — Foto: Divulgação
Por g1 MA
A Polícia Civil do Maranhão prendeu, nesta quinta-feira (18), quatro pessoas na cidade de São Paulo, suspeitas de aplicar o golpe da falsa central de segurança de banco em vítimas do Maranhão. O grupo é investigado pelo crime de estelionato eletrônico, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Além das prisões preventivas, a polícia cumpriu uma ordem judicial de bloqueio de bens dos investigados na ordem de mais de R$ 2 milhões.
Os suspeitos foram presos durante a operação “Call center do crime”, realizada pela Polícia Civil do Maranhão, através do Departamento de Combate à Crimes Tecnológicos (DCCT), e de São Paulo, por meio da 3ª Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER).
Grupo suspeito de se passar por central de segurança de banco para aplicar golpe no MA é preso em São Paulo — Foto: Divulgação
Foram presos durante a operação: Anderson Cleiton Nogueira César, 29 anos; os irmãos Igor Manoel Bezerra de Oliveira, 27 anos, e Islanny Bezerra de Oliveira, além da mãe deles, identificada como Ivanilza Bezerra da Silva, de 48 anos. E há um quinto suspeito, identificado como Caio Bassioli, que ainda não foi localizado e é considerado foragido da Justiça.
Os presos são suspeitos de atuarem no crime conhecido como “golpe da falsa central”, onde os criminosos se passam por funcionários de uma central de segurança de instituições financeiras, para subtrair valores das vítimas e depois praticam lavagem de dinheiro.
Como agia o grupo criminoso
Segundo o delegado Guilherme Campelo, chefe do DCCT no Maranhão, o golpe funciona a partir de mensagens de texto enviadas aos celulares das vítimas, como se fossem mensagens de uma central de banco, informando a vítima que havia uma compra, de um determinado valor, feita por ela. A mensagem diz, ainda, que, caso a pessoa concorde com a transação ela deve clicar em um link ou ligar para um determinado número para contestar.
“A partir daí a vítima tomava aquele susto, achando que teria acontecido uma operação fraudulenta na sua conta e clicava no link ou retornava a ligação no número que eles informavam. Depois davam início à prática do crime, onde eles passavam a funcionar como se fosse uma central telefônica do setor de segurança, passando várias orientações para a vítima, quando na verdade estavam induzindo a vítima a erro, para que pudessem subtrair valores das contas das vítimas”, explicou o delegado.
O delegado destaca, ainda, que quando as vítimas não tinham mais saldo em conta, os criminosos faziam com a que a pessoa fizesse empréstimo automático e transferisse o valor via PIX para contas laranjas, até chegar na conta dos golpistas.
Segundo as investigações, o grupo criminoso fez dezenas de vítimas no Maranhão e, por isso, a Polícia Civil do estado realizou a investigação, representando pelos mandados, que foram cumpridos nesta quinta, com apoio da Polícia Civil de São Paulo.
Ostentação nas redes sociais
Grupo suspeito de se passar por central de segurança de banco para aplicar golpe no MA é preso em São Paulo — Foto: Divulgação
Durante as investigações, a polícia identificou que os presos ostentavam um vida de luxo nas redes sociais, publicando fotos ao lado de veículos caros. Além disso, eles ainda divulgavam links para jogos similares ao ‘jogo do Tigrinho’, que são considerados ilegais no Brasil.
Grupo suspeito de se passar por central de segurança de banco para aplicar golpe no MA é preso em São Paulo — Foto: Reprodução
Durante a operação, a polícia apreendeu aparelhos eletrônicos, cartões de crédito e veículos dos investigados, além de ser dado cumprimento a uma ordem judicial de bloqueio no valor de R$ 2 milhões, 392 mil e 874 reais, com indícios de que teriam seria fruto de cerca de 3 meses de atuação do grupo criminoso.
“Esse dinheiro foi que se identificou de transações com indícios de lavagem de dinheiro, transações com indícios de que se tratava de dinheiro obtido com a prática ilícita. E, por ser um crime que visa o lucro, a Polícia Civil representou pelo bloqueio desses valores e sequestro de bens, sendo apreendidos alguns veículos, entre eles uma motocicleta avaliada em R$ 100 mil. Então, se verifica que com os ganhos obtidos, de maneira ilícita, os criminosos gostavam de ostentar uma vida de luxo”, destacou o delegado Guilherme Campelo.
Grupo suspeito de se passar por central de segurança de banco para aplicar golpe no MA é preso em São Paulo — Foto: Divulgação
Os quatro presos vão responder pelos crimes de estelionato, na modalidade eletrônica, cuja pena, em caso de condenação, pode chegar a 8 anos de prisão, além de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Os investigados, que são todos do estado de São Paulo, vão continuar presos no estado de origem, à disposição da Justiça do Maranhão.
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